Daniel Bittencourt - arquivo TERRAL
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Preto Pires compôs música em homenagem ao pai, Mateus da Penha, o Zé Matuto
O cantor e compositor Luiz Carlos Pires, o Preto Pires, fala com carinho do pai, Mateus da Penha, o conhecido Zé Matuto, e da música “Mateus da gente”, que fez em homenagem a ele. Aliás, Preto descobriu o talento por meio de um violão do pai, que gostava de tocar “Senhorita”, sucesso de Zé Geraldo, para Dalva, mãe de Preto.
As histórias que Mateus contava enquanto consertava redes de pesca fazem parte da memória afetiva de Preto. “Com 6 anos, o meu pai pegava o pulsar, entrava numa canoa e saía de madrugada pelo rio Cricaré, para pegar peixes e siris e vendê-los no mercado de São Mateus”, conta. “Amo você, pai. Seus costumes e tradições estarão sempre comigo”, acrescenta.
Inspirado nas histórias e no velho violão do pai, Preto aprendeu acordes, memorizou letras e, em 2004, iniciou a carreira artística. Desde então, se destaca em várias cidades do Espírito Santo e de outros estados. Faz muitos shows, participou de festivais e gravou CDs. É o idealizador e organizador do luau elétrico, atração que já faz parte do calendário de eventos do Pontal do Ipiranga.
Clique no link e acompanhe Preto Pires cantando “Mateus da gente”.
Preto Pires - Mateus da gente
Mateus da gente
(Preto Pires)
Quando criança aprendeu a ser menino
Quando menino aprendeu a ser paizão
É rio que sobe, canoa que desce, vai vender siri na feira pra ganhar o pão
Bem-te-vi fazendo graça
Pra escola menino não foi
Fogo aqui não faz fumaça, sai daí seu pássaro, deixa meu arroz
Festa grande na cidade
Mais um ano se passou
Menino ficando velho, sua mãe chorando veio e lhe falou:
Meu filho, chegou a hora
Sua vida Deus projetou
Se faltar a esperança
Lembre de quem te criou
Quando a noite mostra os pecados, menino, traz um anjo como solução
Pros sonhos serem plantados e gerar uma nação
Bate enxada, mastiga dente,
É o Mateus da estrada, é o Mateus da gente