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O conjunto Os Inquietos se apresenta na Casa da Arte
O conjunto Os Inquietos vai se apresentar na Casa da Arte de Regência no dia 23 deste mês, a partir das 20 horas. O show surge como ótima oportunidade para os fãs curtirem mais uma vez o grupo e para os mais jovens apreciarem o talento de músicos tarimbados como Wallace Elias, Zé Elpídio, Luiz Alberto e Babi Vaccari.
Os interessados em adquirir mesas e/ou entradas individuais devem entrar em contato com Vaninho Bragatto pelo telefone (27) 99906 0688. A procura tem sido boa, mas ainda há mesas e ingressos disponíveis. “Vamos promover um evento bem bacana e marcante”, afirmam Vaninho, proprietário da Casa da Arte, e Zé Elpídio, integrante do grupo.
História
A ideia de criar Os Inquietos foi do guitarrista Jorge Orrevan Vaccari, em junho de 1966, estimulado por grupos como Renato e Seus Blue Caps, Golden Boys e The Beatles. A cidade carecia de jovens que fizessem música ao vivo para alegrar as noites no Clube Juparanã e, anos depois, no Guararema.
No livro Súmulas de Algumas Obras de Autores Brasileiros (D. Porto Editora, 1994), da escritora Antonieta Banhos Fernandes, Jorge conta que, para fundar o grupo, se uniu ao irmão Joel e aos amigos Joanilson Piantavinha, Sebastião Coelho, Francisco de Assis Daher Pirola e José Emílio Casotti.
O empresário era Jacy Roque Pratti. Jorge Vaccari disse que fez questão de escolher para o grupo um nome brasileiro – e não estrangeiro, como era comum na época. A partir daí, muitas apresentações foram realizadas, alegrando moradores de cidades do Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia.
Jorge afirma que o público sempre foi fiel. “Muita gente se conheceu, namorou, formou, aniversariou, debutou e casou ao som de Os Inquietos”, frisa. Ele disse que várias propostas de trabalho surgiram para os membros, mas foram recusadas em razão das atividades já exercidas por cada um.
Depois de anos, Jorge resolveu parar de tocar e o baterista Babi se transferiu para Vitória. O grupo continuou com os integrantes José Elpídio, Wallace Elias e China, e passou a convidar outros músicos para as apresentações.
Esse procedimento fez com que o conjunto fosse considerado uma verdadeira “casa de músicos”, levando muitos a participarem da banda, em diferentes períodos. Além disso, outros talentos eram contratados para tocar em eventos específicos – como o carnaval.
Ainda no livro escrito por Antonieta Banhos Fernandes, o saxofonista Francisco Pirola registra que a atuação do conjunto embalou sonhos e proporcionou diversão a várias gerações: “O prefixo do grupo, que se tornou marcante, era ‘A Casa do Sol Nascente’, da banda The Animals”, finaliza.