Arquivo TERRAL
A iniciativa da Renova objetiva dinamizar a economia de Povoação
A Fundação Renova inicia a implantação de Bancos Comunitários em Povoação e Regência, em Linhares. Esses bancos têm como objetivo promover o desenvolvimento a partir da implementação de estratégias que contribuam para dinamizar e aquecer as economias locais, incentivadas por meio da oferta do microcrédito solidário e da Moeda Social.
Tais estratégias têm como foco promover a cultura do consumo dentro das próprias comunidades, valorizar os empreendimentos locais já existentes e estimular a criação de novos negócios, de acordo com vocações, habilidades e necessidades.
O projeto do Banco Comunitário prevê a contratação de dois Agentes de Desenvolvimento Local, responsáveis pelo atendimento à população e por operacionalizar a concessão de crédito. Essas pessoas devem ser moradoras locais, de confiança das comunidades, e cada localidade participante terá Moedas Sociais exclusivas.
Os Bancos serão geridos por moradores, devidamente capacitados, e a política de crédito será definida pela própria comunidade. O projeto funciona com base no princípio da confiança: quem participa da gestão são moradores da localidade, conhecidos por todos e que conhecem as pessoas e as demandas locais.
Com transparência, a comunidade acompanhará de forma constante a execução dos recursos destinados à iniciativa e poderá usufruir, a princípio, de três linhas de crédito.
O Banco ofertará Crédito Produtivo, que visa apoiar os empreendedores e incentivar a criação de novos negócios; Crédito Habitacional, destinado a Pequenas Reformas, a fim de possibilitar maior dignidade às pessoas; e Crédito de Consumo, voltado à população de baixa renda.
“Essa modalidade [Consumo] é destinada ao atendimento das necessidades emergenciais das pessoas, como compras de remédios e alimentos, por exemplo”, diz o analista de Economia e Inovação da Fundação Renova, André Mapa.
André acrescenta que, historicamente, cada real concedido pelo banco comunitário, na forma de Moeda Social, circula pelo menos cinco vezes dentro da comunidade, estimulando o empreendedorismo e aquecendo a economia local.
Outro aspecto importante para o projeto é a existência da Moeda Social. Trata-se de uma moeda criada para circular exclusivamente dentro de cada comunidade. A ideia é reter o recurso no local, para que ela se torne mais competitiva e, assim, estimule uma cultura empreendedora.
Com duração total prevista de 33 meses, o projeto está orçado em R$ 3 milhões. Somente para os fundos de crédito serão disponibilizados R$ 360 mil, ficando metade com Povoação e a outra metade com Regência. O restante do orçamento será destinado à infraestrutura dos bancos e a recursos humanos.
A previsão é que os bancos sejam inaugurados neste semestre. Cada banco receberá assistência direta para sua constituição e funcionamento durante 24 meses, e ficará vinculado à Rede Brasileira de Bancos Comunitários.
Além do Espírito Santo, Baixa Verde, distrito de Dionísio, Itueta e Cachoeira Escura, distrito de Belo Oriente, em Minas Gerais, também receberão investimentos.
Daniel Porto – TERRAL
A ação da Renova vai incentivar a oferta do microcrédito solidário e da Moeda Social em Regência