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Dos dez vereadores que se uniram para conquistar o comando da câmara, apenas seis têm votado juntos nas principais matérias
O clima tenso que aflige a Câmara de Linhares desde o início da atual legislatura, em 1º de janeiro de 2021, deve ter continuidade nos próximos meses, em razão da nova correlação de forças e da disputa de poder. Neste mandato, nos dois primeiros anos a casa foi presidida por Roque Chile (PSDB).
Incomodado com a performance do tucano, um grupo de dez vereadores, que se apresentava como independente, uniu forças e apoiou Wellington Vicentini (Rede) para presidente, vencendo as eleições internas em 13 de dezembro. O mandato da mesa é de dois anos e teve início em 2 de janeiro.
Porém, com o andamento dos trabalhos o grupo passou a contabilizar apenas seis votos nas votações das principais matérias que tramitam na casa, dados por Alysson Reis (DC), Johnatan Maravilha (Podemos), Professor Antônio César (PV), Roninho Passos (DC), Tarcísio Silva (PSB) e Wellington Vicentini (Rede).
Os quatro vereadores que teriam deixado o bloco são: Egmar o Guigui (PSC), Juninho Buguiu (PV), Urbano Dávila (PTB) e Carlos Almeida (PDT). Como os quatro estão afinados com os sete que não faziam parte do “grupo dos dez”, somam 11 votos, criando nova correlação de forças no legislativo.
O “bloco dos 11” é afinado com o governo municipal, liderado pelo prefeito Bruno Marianelli, e reúne, além dos quatro já citados, Edimar Vitorazzi (Republicanos), Gilson Gatti (MDB), Juarez Donatelli (PV), Messias Caliman (Rede), Pâmela Maia (PSDB), Therezinha Vergna (Rede) e Tobias Cometti (MDB).
De forma reservada, alguns vereadores não descartam novidades e dizem que, numa democracia, a vontade da maioria deve prevalecer. “Existem movimentos em curso e fatos sendo apurados”, adianta um deles. Mais comedido, outro parlamentar diz que “confia na habilidade do comando da casa e no andamento normal dos trabalhos”.
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