Arquivo TERRAL
Rigoni considera o desafio do Meio Ambiente muito grande e a pauta mais importante do país
O deputado federal Felipe Rigoni (União Brasil) será secretário de Meio Ambiente no próximo governo de Renato Casagrande (PSB), que começa em 2023 e termina em 2026. O anúncio foi feito na quarta-feira (28): “Trabalharemos para que o Espírito Santo seja, cada vez mais, protagonista em políticas públicas de sustentabilidade e continue modernizando sua legislação ambiental”, disse o governador.
Em seguida, a assessoria do deputado destacou para o TERRAL: “Rigoni tem mestrado em Políticas Públicas pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, e fez parte das principais discussões do setor ao longo dos últimos anos. Na Câmara, aprovou projetos de lei sobre o tema e, com o uso de dados na análise das políticas ambientais, contribuiu na fiscalização da atual gestão do Meio Ambiente”.
A assessoria acrescentou: “Mesmo com propostas da iniciativa privada e de outros estados, o deputado optou pela permanência no Espírito Santo e pela oportunidade de contribuir para o tema que, em sua opinião, é o principal do século XXI”. Perguntando por que Felipe não optou pela Secretaria de Ciência e Tecnologia, a assessoria respondeu: “O desafio do Meio Ambiente é muito grande e ele [Rigoni] considera ser a pauta mais importante do país”.
Nome do deputado estava sendo cogitado há quase dois meses
Arquivo TERRAL
Felipe Rigoni com os jornalistas José Carlos Leite (E) e Daniel Porto
O TERRAL registra há quase dois meses que Felipe Rigoni estava cotado para assumir um cargo estadual. Nos bastidores, o comentário é de que seria a Secretaria da Ciência e Tecnologia ou uma pasta ou órgão com esse perfil. Com mandato até 31 de janeiro de 2023, Rigoni é um quadro qualificado, possui sólida formação acadêmica e preside no estado um partido de expressão nacional, o União Brasil.
Ele deu importante apoio a Casagrande no segundo turno, contribuindo para neutralizar o crescimento de Manato (PL). Há ainda a constatação de que o mandato de Felipe é bem avaliado e apresenta resultados. Tanto que ele recebeu vários prêmios, obteve 63.362 votos nas eleições de outubro e foi o sétimo mais votado dentre os candidatos a deputado federal. Só não ficou com uma das 10 vagas porque o seu partido não alcançou o quociente eleitoral.
Rigoni não venceu, mas o União Brasil elegeu dois deputados no Espírito Santo: Dr. Bruno Resende e Denninho Silva, parlamentares que deve fazer parte da base aliada do governador na assembleia legislativa. Também pesou em favor de Felipe o apoio que ele deu a Casagrande tão logo acabou o primeiro turno. Na ocasião, fez duras críticas a Manato, comprometendo a estratégia e arranhando a imagem do adversário do governador.
O depoimento que Felipe postou nas redes sociais sobre Manato repercutiu durante o segundo turno. Ele também trabalhou para ampliar a votação de Casagrande no norte do estado. Em Linhares, por exemplo, o governador teve 22.840 votos no primeiro turno e 37.971 votos no segundo, crescendo de 28,26% para 45,26%. Com isso, contribuiu para minimizar o apoio de Guerino Zanon (PSD) para Manato na região.