Com o aumento da demanda por palmito no período da Semana Santa (5 a 11 de abril), o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) alerta os produtores quanto às exigências para extração e comercialização do produto.
De acordo com o subgerente de Controle Florestal do Idaf, Fabricio Zanzarini, é possível notar maior conscientização por parte dos produtores nos últimos anos, com a redução da atividade clandestina de extração e comercialização do palmito.
Fabrício destaca que o Idaf atua na fiscalização de rotina, intensificando as ações nesse período, de modo a evitar que a atividade ocorra de forma ilegal. Para ele, o papel dos consumidores nesse processo é fundamental, devendo adquirir somente produtos com comprovação de origem.
Para saber a procedência, basta solicitar que o comerciante apresente os documentos exigidos para cada espécie. “É possível atender à demanda sem prejudicar o meio ambiente”, ressalta.
O diretor-presidente do Idaf, Mário Louzada, explica que a permissão para comercialização nos pontos de venda cabe ao Poder Público municipal, e o Idaf estará presente para verificar se foram cumpridas as exigências ambientais no que se refere à exploração do produto.
Para Mário, diante do cenário de pandemia por conta do Coronavírus pode haver adequações quanto aos procedimentos para a venda do palmito de modo a assegurar a preservação da saúde dos consumidores e dos comerciantes, sem deixar de lado a importância econômica para esse público.
O Idaf tem participado da Operação “Eutrerpis edulis’, coordenada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMbio), com apoio da Polícia Militar Ambiental.
A ação vem sendo realizada desde o início de março e seguirá nos próximos dias, com o objetivo de coibir, na região do entorno do Parque Nacional do Caparaó, o corte irregular e clandestino do palmito Juçara, espécie que faz parte da lista de espécies em extinção. Até o momento, não houve flagrante de irregularidades.
O corte do palmito nativo da Mata Atlântica (amargoso, pindoba, dendê e Juçara) depende de vistoria prévia do Idaf e autorização. Quando se trata de espécies exóticas da Mata Atlântica (pupunha ou açaí), o corte pode ser feito mediante a Informação de corte.
Para obter a documentação, o produtor deve procurar o escritório do Idaf do seu município. Por ocasião do atendimento em escala de revezamento, entre em contato antes por telefone para verificar os procedimentos.
Secom-ES
O Idaf participa de ação com o objetivo de coibir o corte irregular e clandestino do palmito Juçara