Daniel Porto – TERRAL
A avenida Filogônio Peixoto – a principal do bairro Aviso - possui mão dupla e canteiro central
O bairro Aviso foi o segundo local a ser povoado em Linhares e tem este nome devido a um aquartelamento militar avançado, localizado na mata à direita do rio Doce (posicionando-se agora de costas para o rio Doce). O primeiro local foi o Centro.
Instalado por volta de 1815, contava com dois militares encarregados de dar o aviso ao povoado quando os índios estivessem em pé de guerra ou ameaçando atacar. Com o tempo, o local foi desmatado, ocupado e povoado, mantendo a denominação do antigo quartel: Aviso.
Conforme trabalho realizado em 1993 por estudantes de Linhares, os primeiros moradores do bairro tinham os sobrenomes: Aires Batista, Campista, Loyolla, Lyrio, Pandolfi e Porto, entre outros. Na “Lista Geral de Qualificação dos Votantes da Paróquia e Município de Linhares”, de 1876, constam os nomes de seus moradores.
A principal avenida do Aviso é a Filogônio Peixoto, que começa rente a BR 101, perto da ponte Joaquim Calmon, e segue até a rodovia “Paulo Pereira Gomes”, que dá acesso a fazendas e ao balneário Pontal do Ipiranga.
A avenida é asfaltada, possui mão dupla e canteiro central. Conta em sua extensão com o Sesi, Senai, Condomínio Caminhos do Mar, residências, igrejas e diversas lojas comerciais.
O nome da avenida é uma homenagem ao fazendeiro Filogônio Peixoto, irmão do escritor Afrânio Peixoto, que deixou o sul da Bahia e mudou para Linhares em 1917, junto com o cacauicultor Coronel Antonio de Negreiros Pego.
Ajudados pelo Coronel Lastênio Calmon, na época vereador, agricultor e madeireiro em Linhares, eles andaram pelo município para escolher terras. Filogônio ficou com uma área mais tarde conhecida como fazenda Maria Bonita, e o Coronel Pego optou por desbravar outro local.
Filogônio Peixoto introduziu um método de plantar cacau e incentivou o seu cultivo, contribuindo para o crescimento econômico de Linhares, que resultaria em sua segunda emancipação, em 1943. Anos mais tarde, a Estação Experimental da Ceplac, situada às margens da BR 101 e do rio Doce foi batizada com o seu nome.
As informações acima estão no Guia Histórico e Geográfico das Ruas de Linhares, livro lançado em 1995 pela Editora Porto, numa iniciativa da Serlihges (Seccional Regional de Linhares do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo).
Os autores da referida obra são: Antonio Bezerra Neto, Arlêne Campos, Maria Cilda Soares da Costa, Maria Lúcia Grossi Zunti, Maria Tereza Lopes, Patrick Mário Calmon Holliday e Therezinha Durão Costa.
Daniel Porto - TERRAL
O nome da avenida é uma homenagem ao fazendeiro Filogônio Peixoto, que mudou para Linhares em 1917