Acerto da família

Auto Guimarães e Souza chegou a Linhares em 1922 e faleceu em 1974
Linhares conta com pessoas que muito contribuíram para a sua história e crescimento. Uma dessas pessoas é Auto Guimarães e Souza, que nasceu em São Felix, no recôncavo baiano, no dia 2 de janeiro de 1890, veio para o município em 22 de fevereiro de 1922 e nele viveu até falecer, em 7 de maio de 1974, sendo sepultado no cemitério Nossa Senhora da Conceição, no centro.
Filho de Florentina e Antonio Guimarães e Souza, era criança quando o pai, grande exportador de tabaco, o enviou para estudar na Alemanha, de onde retornou anos mais tarde. Formou-se engenheiro geógrafo pela Escola Politécnica da Bahia em 1910 e seguiu em solo baiano até ser contratado pelo governo do Espírito Santo, para os serviços de medição de terras.
Chegou ao então distrito de Linhares, que na época pertencia a Colatina, em 22 de fevereiro de 1922 e trabalhou como encarregado de medição até pedir exoneração, em 1943. Casou com Ítala Garcia Durão, filha de Lydia Garcia Durão e Luiz Cândido Durão, e teve 10 filhos: Hugo, Huguette, Vital, Vera, Maria da Conceição (Mazinha), Auta, Elsa, Antonio, Alda e Mário.
Era apaixonado pela fazenda, a São Félix, no baixo rio Doce, onde plantava cacau e criava gado da raça Guzerá. Seu plantel obteve diversas premiações em exposições dentro e fora do estado. Destaque para o boi Boneco, cujo desempenho fez com que fosse considerado hors concours, expressão de origem francesa que significa “fora de série, sem concorrência”.
Também se notabilizou pela criação de cavalo da raça puro-sangue inglês, tendo sido o primeiro no estado. Ao lado de João Pereira Neto e dos cunhados Waldir, Álvaro, José e Wilson Durão, implantou diversas roças de cacau em fazendas cujos proprietários eram investidores em Linhares e residiam no Rio de Janeiro e outras cidades.
Auto se destacava no meio social e esportivo de Linhares. Animava os carnavais compondo modinhas, como Fuzuê, Fuzuá, e como integrante do Bloco Sorriso, entre outras atividades. Torcedor do América do Rio de Janeiro e incentivador do futebol, ele sugeriu o nome e doou para o América de Linhares o primeiro jogo de camisa, bandeira e flâmula.
Em outra realização marcante, doou terreno no bairro Shell para a construção de uma escola famosa, denominada Emir de Macedo Gomes – o “Colégio Estadual”. Depois de várias ações importantes, faleceu em Linhares em 7 de maio de 1974, aos 84 anos. O sepultamento ocorreu no cemitério Nossa Senhora da Conceição, no centro, reunindo muitos amigos e familiares.