Quinta-Feira, 21 de novembro de 2024

Maternidade municipal inaugurada em 1966 virou Fundação Rio Doce três anos depois

Publicado em 20/03/2024. https://jornalterral.com.br/t-VBx

Arquivo TERRAL

A mudança para Fundação Beneficente Rio Doce ocorreu em 26 de julho de 1969

Muitos não sabem que a hoje Fundação Beneficente Rio Doce, mantenedora do Hospital Rio Doce, teve início como uma maternidade que pertencia ao município. Inaugurada em 1966 pelo prefeito Antenor Elias (1963 - 1966), a maternidade recebeu o nome de Carmosina Morais Elias em homenagem à esposa do então prefeito.

A mudança para Fundação Beneficente Rio Doce ocorreu em 26 de julho de 1969, numa iniciativa do prefeito Senatilho Perin (1967 - 1970). O primeiro provedor foi Alfeo Marchi Grillo, tendo como diretor clínico o médico José Antonio Palmeira da Silva. O fato é que o que pertencia ao município se tornou fundação e passou a ser administrada por pessoas da sociedade.

O Rio Doce oferece diversos serviços e atendimentos e recebe recursos dos governos federal, estadual e municipal, além de outras fontes. No ano passado o governo do ES assinou um acordo que prevê o repasse R$ 85 milhões por ano. Em recente reunião o governador Renato Casagrande fez uma abordagem sobre o acordo em tela e sinalizou para nova discussão.

A fundação se consolidou em 22 de junho de 1970, por meio da lei nº 529, que garantiu a doação, por parte do município, do prédio da maternidade, equipamentos e mobiliário. Na época, a internação de pacientes era assistida por três médicos: José Antonio Palmeira da Silva, Deodoro Dantas Alves e Joel Coelho Ferreira.

Os médicos contavam com a colaboração de auxiliares de enfermagem, do pessoal de apoio e de freiras lideradas pela irmã Santa Costalunga. Os pacientes eram atendidos nas categorias INPS, Funrural, particular e indigente. Em 1971, com 70 leitos e novos profissionais foi possível formar uma escala de plantão.

Em seguida ingressaram os médicos Roberto Poltronieri Alvarenga, José Anselmo Pimenta Lofego, Jair Perini, Otávio Abreu Xavier e logo após Edilson Souza Rocha e José Carlos Vacari. Em 1977, com o médico José Anselmo Lofego como provedor, o estatuto foi revisto e o nome passou de Hospital Municipal de Linhares para Hospital Rio Doce, sendo incorporados mais médicos no corpo clínico.

A estrutura do hospital foi ampliada, recebendo maternidade, centro cirúrgico, lavanderia e pronto socorro. A UTI Adulto foi criada em 1981, já com o médico Edilson Souza Rocha como provedor. Em 1985, na gestão do provedor Senatilho Perin, ingressaram 20 membros da sociedade de Linhares, fazendo um aporte financeiro, conforme estabelecia o estatuto.

Essa atitude permitiu que o quadro societário fosse oxigenado e que a instituição passasse a ter empresários como provedores. Nessa época foi instituído o cargo de diretor administrativo, sendo nomeada a administradora hospitalar Maria de Fátima Fiorino Biancardi. Em razão da medida, o diretor clínico deixou de exercer dupla função, conforme ocorria até então.

As provedorias mudam a cada dois anos, sendo algumas renovadas, caso, por exemplo, do gestor Arles Guerra Miranda.

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