Unidades do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) estão produzindo máscaras de pano para prevenção ao novo Coronavírus (Covid-19). A produção ocorre nas Regionais Norte do Estado, em Linhares, e na Unidade Feminina de Internação (UFI), em Cariacica.
As máscaras produzidas serão doadas aos servidores. A previsão é que mais de mil unidades possam ser destinadas aos profissionais da socioeducação, com o objetivo de atender à orientação do Ministério da Saúde (MS) de priorizar as máscaras cirúrgicas para o uso dos profissionais de saúde.
Na Regional Norte, os insumos para a produção, como elásticos e tecidos, foram doados por servidores e fábricas de roupa da região. As máscaras contam com duas camadas e estão sendo confeccionadas com TNT, Oxford e outros tipos de panos oriundos das doações. A produção conta com a participação dos servidores e adolescentes das unidades socioeducativas.
Para o gerente da Unidade de Internação Norte (Unis Norte), Sérgio Antônio Durão de Almeida, a dedicação dos profissionais e dos adolescentes em participar do movimento em prol da proteção de todos gera muita satisfação. “Se cada um fizer a sua parte, conseguiremos vencer essa pandemia”, disse.
Sérgio Almeida explicou que, além das máscaras, o Iases adotou outras medidas para evitar a contaminação no sistema socioeducativo. Dentre elas, a assepsia correta das mãos, o distanciamento social, a higienização dos calçados na portaria das unidades, a suspensão das visitas familiares e a proibição de entrada nas unidades de qualquer pessoa que apresente sintomas de síndrome gripal.
A subgerente de Saúde do Iases, Graziele Rodrigues da Silva Duda, ressaltou que a máscara de pano é um equipamento simples, que não exige grande complexidade em sua produção, mas é uma grande aliada no combate à propagação do vírus.
De acordo com Graziele, o uso das máscaras caseiras é importante, assim como o distanciamento social, a etiqueta respiratória e a higienização das mãos. “Essas medidas, quando adotadas em conjunto, potencializam os efeitos da proteção contra o vírus e por isso precisam ser adotadas por toda a população”, frisou.
Secom-ES
A previsão é que mais de mil unidades possam ser destinadas aos profissionais da socioeducação
Orientações para uso da máscara caseira
Para ser eficiente como uma barreira física, a máscara caseira precisa seguir algumas especificações de produção e higiene: deve ter pelo menos duas camadas de pano, com uso individual. Além disso, a confecção requer medidas adequadas para que fique ajustada no rosto e cubra totalmente nariz e boca.
A orientação é que a máscara seja trocada a cada duas horas ou antes disso, caso fique úmida ou apresente sinais de sujidade.
Para a higienização, o Ministério da Saúde orienta que as máscaras sejam deixadas de molho em água sanitária por cerca de 20 minutos e, após, lavadas com água e sabão.
Enquanto estiver sendo utilizada, a máscara não deve ser tocada com as mãos. E, após o seu uso, deve ser removida pegando pelo laço ou nó da parte traseira, evitando tocar na parte da frente.